segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Andando Rumo ao Desconhecido


Yupiii! Ganhamos o campeonato do mundo de futebol de praia!!!


Tenho para mim que faça-se o que se fizer, mais dois ou três anos e estamos fora do euro, quer queiramos quer não. 
Há coisas em curso que vão muito para além da possibilidade de intervenção dos portugueses. 
Nada disso nos dispensa da pratica do máximo rigor nas contas públicas, da maior prudência na gestão do estado e da maior ousadia no reformismo nacional, mas estou convencido de que tudo o que possamos fazer não vai obstar ao que aí vem.
Infelizmente, como agora se vê e alguns viram nos idos de 90, o projecto do euro, tal como foi concebido era uma passada da maior imprudência.
Como na velha história da pasta de dentes dentro do tubo, era fácil espremê-la cá para fora, impossível repô-la no tubo.
É por isso que o arrumo final do desastre vai implicar soluções que já não têm nada a ver com a dinâmica da construção europeia entre 1980 e 2004. Agora é outra coisa. 
Um governo responsável e com visão verá aqui uma oportunidade que precisa de ser preparada.
O governo português, habituado a ser tutelado e a ir atrás das outras marias, não verá aqui mais nada senão um longo calvário de austeridade e manutenção de um quadro de despesa pública arcaico sem qualquer consideração pelos portugueses que pagam e pagam os desvarios públicos.
Como é evidente era agora que precisávamos de um político de primeira grandeza com visão e rasgo, e que, para começar entendesse o novo quadro em que se está a mover.
Em vez disso, para nos castigar dos nossos pecados, Deus nosso senhor mandou-nos o passos e o costa, à escolha, para manter o "estado democrático de direito" com que nos temos castigado...
Enquanto em Portugal insistirmos em achar fundamental propagandear que ganhamos o campeonato de futebol de praia e insistirmos em ignorar - e antecipar- os acontecimentos em curso e que vão mudar a nossa história, em dar por inteiramente adquirido o quadro de acção que outros definiram e nos impuseram, continuaremos a ser um pequeno país nostálgico da sua história e fiel ao seu desgoverno.
No fundo, no fundo, vocês bem sabem que, muito para lá da propaganda reles partidária, a única coisa que os PS e o PSD discutem é quem é que vai nomear a próxima revoada de boys e quem são os amigos de quem que vão beneficiar do estado clientelar em que vivemos.

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